segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lucro da Petrobras tem queda de 26% frente ao 3º tri, a R$ 6,3 bi

           A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,336 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 42% frente ao que fora observado no segundo trimestre e de 26% ante o mesmo período de 2010. Segundo a companhia, o resultado tem como principal consequência o "efeito cambial sobre o endividamento".
          De acordo com a estatal, a depreciação de 19% do real em relação ao dólar, no período, resultou em uma variação monetária e cambial de R$ 6,6 bilhões.

           "O efeito cambial fez o lucro recuar. O que é positivo é o fato de ser um efeito apenas contábil. Não afeta o caixa da companhia, o que é muito importante para uma empresa que tem pesados investimentos como a Petrobras", disse Almir Barbassa, diretor-financeiro da Petrobras.
           Segundo Barbassa, o efeito do câmbio anulou o impacto positivo das vendas da companhia, que avançaram na esteira do aumento do volume de derivados de petróleo comercializados (4%) e de gás natural (8%). A alta se deveu ao aquecimento da economia, ao pico da safra de grãos e ao maior consumo industrial --nesse último caso, apenas de gás.
            O faturamento cresceu mesmo diante de uma queda de 1% na produção de petróleo da companhia, ocasionada por paralisações de plataformas, muitas delas não programadas e decorrentes de problemas operacionais. Apesar da retração no terceiro trimestre, nos nove primeiros meses do ano a Petrobras obteve lucro de R$ 28,26 bilhões, alta de 15% na comparação com o mesmo período de 2010. Trata-se de desempenho recorde para o período. Neste caso, atribui o aumento a um maior lucro operacional, assim como maior benefício fiscal, de R$ 846 milhões "decorrente do provisionamento de juros sobre capital próprio".

           Em nota, o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, afirmou que a divulgação ocorre em "um momento de volatilidade e incerteza no cenário econômico mundial".
Segundo ele, "mesmo neste ambiente desfavorável, conseguimos manter uma robusta geração de caixa, suportada por um sólido desempenho operacional e um mercado doméstico em expansão".
          A geração de caixa, medida pelo Ebitda, atingiu R$ 16,7 bilhões, 3% superior ao trimestre passado e aumento de 13,1% frente o mesmo período de 2010.
Já a receita líquida cresceu 17,2% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado e 4,41% ante abril e junho, para R$ 64,179 bilhões.
Gabrielli destaca ainda que ao longo do trimestre, foram divulgadas descobertas relevantes na bacia do Espírito Santo e na bacia de Sergipe-Alagoas.

           "Estamos realizando o primeiro projeto exploratório em águas ultraprofundas na parte sergipana da bacia Sergipe-Alagoas. As informações obtidas até o momento confirmam a existência de uma nova província petrolífera nesta bacia, com petróleo leve de excelente qualidade", diz.

Fonte: Folha.com

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