O preço do barril do petróleo vem se mantendo com preços acima dos US$ 70. Mas, nos últimos meses essa estabilidade não se confirmou, e na última semana, o preço do petróleo fechou em baixa pelo oitavo pregão consecutiva em Nova York, atingindo os US$ 69,87. Este cenário leva aos especialistas e empresários do setor a repensarem nos preços da gasolina e do diesel no país. Os dois produtos já estão há mais de um ano com valores acima das cotações internacionais e, segundo analistas, a defasagem hoje supera 14% na gasolina e 18% no diesel.
A Petrobras diz que sua política de preços observa a paridade no longo prazo com o mercado internacional. Em novembro, o diretor financeiro da companhia Almir Barbassa, apresentou um gráfico indicando que as cotações internas estão acima das internacionais desde outubro de 2008, quando o preço começou a cair. Em junho, a empresa promoveu redução nos preços, mas não foi suficiente para deixar iguais às cotações internacionais. A política visa garantir recuperação das perdas obtidas no período de alta.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou na última semana, por meio da ata de sua última reunião, quando os juros básicos da economia permaneceram estáveis em 8,75% ao ano, que o preço da gasolina, deve permanecer estável em 2010. "Para 2010, projeta-se variação nula nos preços da gasolina”, informou o BC.
Produção de gasolina
A produção de gasolina no país teve redução de 3% até outubro, para 16,4 bilhões de litros. A queda nas vendas de gasolina levou a estatal a adotar mudanças na gestão de suas refinarias. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Brasil é exportador do combustível, mas os mercados americano e europeu também vêm enfrentando retração.
Além disso, a estatal não consegue a mesma rentabilidade em suas vendas externas porque a gasolina brasileira não atende padrões de qualidade dos principais consumidores. Desde outubro, a gasolina e o diesel estão acima dos patamares praticados no exterior, estratégia que garantiu à área de refino da Petrobras um lucro de R$ 5,6 bilhões nos nove meses de 2009, reduzindo o impacto da crise sobre a saúde financeira da companhia.
Nicomex Notícias – Redação