A última semana do setor petrolífero começou, logo na segunda-feira, dia 6, com boas e más notícias para a Petrobras. Pelo lado bom, os jornais destacaram que a companhia pode se tornar a 2ª maior das Américas, desbancando a Apple, em valor de mercado. Isso acontece devido ao salto que deve acontecer após a capitalização da estatal, o que elevaria o valor da empresa a, pelo menos, R$ 386 bilhões, com a venda de novas ações. A nota ruim ficou por conta de uma paralisação de petroleiros de todo o país, reivindicando melhorias de salários. Embora 80% dos trabalhadores tenham parado as atividades, segundo a Petrobras, a produção não foi afetada.
Após o feriado de 7 de setembro, as notícias continuaram trazendo a Petrobras nas manchetes. Na última quarta-feira, dia 08, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF) pediu a interdição da plataforma P-35, na Bacia de Campos, sob alegação de que dois trabalhadores se acidentaram em menos de 15 dias no local e que ainda houve vazamento e gás. O pedido foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
No mesmo dia, mas do outro lado do mundo, a mídia divulgou um novo acidente com plataformas de petróleo, dessa vez na China. A instalação, localizada em área de sete metros, a cerca de nove metros do litoral de Shandong, inclinou 45 graus em virtude da passagem do tufão Malou, segundo a agência oficial de notícias Xinhua. Com isso, duas pessoas caíram na água e desapareceram, enquanto 34 foram socorridas. Todos os 34 resgatados passam bem e não houve risco de vazamento de óleo.
Na quinta-feira, dia 9, veio a público um relatório da British Petroleum (BP) contendo uma investigação da companhia acerca do vazamento de petróleo no Golfo do México. Segundo o documento, a BP minimizou sua responsabilidade e acusou empresas terceirizadas por falhas na operação do poço. As informações não agradaram à Halliburton nem à Transocean, que receberam as maiores críticas da petrolífera britânica. Em resposta, a Transocean disse que a BP tenta esconder sua responsabilidade e a Halliburton, que o relatório contém "omissões e imprecisões substanciais".
Investimentos
Fechando a semana, na última sexta-feira, dia 10, os jornais do setor veicularam números do investimento previsto da Odebrecht Óleo & Gás para o período de2011 a 2013. A companhia pretende alocar US$ 3,5 bilhões para expandir sua atuação no Brasil, utilizando como principal foco o afretamento de plataformas de perfuração, além de futuras participações em licitações da Petrobras para unidades de produção. Segundo Miguel Gradin, a empresa ainda espera o crescimento dos serviços prestados para as operações de diversas petroleiras na bacia de Campos.
Por Matheus Francomatheus.f@nicomexnoticias.com.br