terça-feira, 11 de maio de 2010

Vagas nas áreas de gás e petróleo atraem interesse

           A promessa de grande demanda por mão de obra para a área de tecnologia, principalmente no ramo de petróleo e gás, em função da descoberta de novos campos de exploração, tem levado muitas pessoas a buscar qualificação na área, tanto no nível técnico, como superior. Para se ter uma ideia da procura, a Fundação Cesgranrio está com, pelo menos, nove editais abertos para a realização de concurso público no setor.
          Além da expansão do campo de trabalho, a estabilidade e a remuneração - que nos primeiros anos está é, em média, de R$ 2 mil - são outros atrativos para quem deseja seguir na carreira. “Com o aumento da demanda, a procura por mão de obra especializada está sendo muito grande para todos os níveis de graduação, ou seja, desde o Ensino Fundamental até o Superior”, disse o coordenador do Programa de Recursos Humanos da Petrobras no Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFRN), Augusto César Fialho Wanderley.
           Segundo ele, as engenharias (mecânica, elétrica, de petróleo, entre outras) são ótimas opções de graduação para quem desejar ingressar na área, já no nível técnico, os cursos de mecânica, petróleo e gás, eletrotécnica e geologia estão entre o que oferecem uma boa demanda de emprego. “O IFRN é referência quando o assunto é formação de mão de obra especializada. Os nossos alunos saem preparados para o mercado de trabalho e, consequentemente, para conseguir a tão sonhada vaga na Petrobras ou na Vale (antiga Vale do Rio Doce)”, disse Augusto Fialho. Isso porque elas são as empresas que mais absorvem mão de obra e oferecem melhor remuneração.
            Não é difícil encontrar candidatos a funcionários para essas companhias. Um exemplo é o estudante Emerson Lucena, 17 anos, que faz o curso integrado (nível médio e técnico) de Mecânica no IFRN. “Depois que terminar o curso de Mecânica pretendo começar Engenharia de Petróleo na UFRN para tentar uma vaga na Vale ou na Petrobras”, disse Emerson.
            Esse é o projeto do também estudante de Mecânica Rodrigo Medeiros, de 19 anos. “Não quero ser apenas técnico, pretendo fazer graduação e pós para concorrer a uma vaga nessas grandes empresas”, disse Rodrigo.
            E quem conseguiu realizar o sonho de trabalhar em grandes empresas não se arrepende. É o caso do engenheiro elétrico Gabriel Mota, que, em 2006, foi aprovado no concurso da Petrobras e hoje atua como Engenheiro de Telecomunicações, no Rio de Janeiro. “Costumo dizer que me preparei sem saber para o concurso porque durante a minha graduação estudei por conta própria as disciplinas cobradas no concurso. Aí, um mês antes da prova passei a estudar cerca de oito horas por dia e deu certo”, disse Gabriel.
           Ele que sempre desejou um emprego com boa remuneração e estabilidade, se interessou ainda mais pela Petrobras depois que os amigos falaram bem da empresa.

            Cursos profissionalizantes e técnicos são bons preparatórios

           Uma boa oportunidade para quem quer ingressar na área tecnológica são os cursos técnicos e profissionalizantes, como por exemplo, o de Petróleo e Gás, Operadores de Plataforma de Perfuração e Produção, onde o aluno passa a conhecer sobre a indústria do petróleo, logística, refinaria, gás natural, entre outros temas ligados à área.

“Esses cursos não são preparatórios para concursos públicos, mas nessas provas são cobradas disciplinas específicas que tem uma pontuação mais significativa. E o candidato que tem essas noções já sai na frente de várias concorrentes”, explicou o diretor da Microlins zona Sul, Maurício Santos Ribas.

           Ainda segundo ele, esses cursos técnicos abrem outras opções além dos concursos públicos. Isso porque com as recentes descobertas do pré-sal, a Petrobras e suas subsidiárias vão precisar de muita mão de obra especializada.

“Existe uma estatística de que para cada funcionário da Petrobras são necessários oito funcionários terceirizados pelas subsidiárias da companhia. E nesses casos, não é sempre necessária a realização de concursos públicos”, disse Maurício.

 
           Um exemplo é a refinaria de Guamaré, que atualmente trabalha com sete subprodutos do petróleo, mas vai aumentar para 15 subprodutos. Ou seja, serão necessários profissionais qualificados, não apenas na área de petróleo, para trabalhar no setor. “A refinaria é como se fosse uma cidade. São necessários profissionais de diversas áreas, como por exemplo, enfermagem, hotelaria, segurança do trabalho, entre outros”, disse o diretor.
           E mesmo nas empresas subsidiárias da Petrobras, por exemplo, a remuneração é o que chama a atenção dos candidatos. Para funcionários do nível médio, o salário está em torno dos R$1.800,00, sem contar com os adicionais de insalubridade, por exemplo. 

              Fonte: Tribuna do Norte