terça-feira, 9 de agosto de 2011

Petrobras admite problemas em plataformas

Dezen garante que estatal faz adequações, buscando solução para corrigir pendências trabalhistas e ambientais.

No início da tarde desta terça-feira, 9, o gerente geral da Unidade de Produção da Petrobras nos Estado de Sergipe e Alagoas, Eugênio Dezen, ministrou palestra para a classe empresarial em evento promovido pelo Fórum Empresarial de Sergipe.

Nesta palestra, Dezen falou sobre os projetos da Petrobras e admitiu os problemas que a estatal vem enfrentando para manter o nível de produção de petróleo no Estado, assim como esclareceu os embates que ocorrem no Ministério do Público do Trabalho (MPT) e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama) para manter as plataformas em funcionamento em Sergipe. “Foi algo que era para ficar internamente, mas houve repercussão na imprensa”, disse Dezen, logo no início da reunião com os empresários, numa clara alusão à matéria veiculada recentemente no Portal Infonet a respeito da questão.

Antes de iniciar a palestra, Dezen conversou com a reportagem do Portal Infonet e confessou que a produção de petróleo em Sergipe apresentou uma queda vertiginosa nos últimos dez anos. De uma produção que chegou ao patamar de 15 mil barris diários no início desta década, na atualidade a produção não passa da casa dos 3 mil barris diários.

Ou seja, entre o ano de 2000 até 2011, a produção de petróleo nestas áreas caiu algo em torno de 80%, conforme admite o gerente geral. Apesar da queda na produção, Dezen analisa que não houve queda dos royalties em favor de Sergipe. “Houve perdas na produção em uma área, mas foi recuperado com uma maior produção ocorrida em outras áreas”, observou o gerente geral da Petrobras em Sergipe.

E a produção de petróleo no Estado continua ameaçada, apesar da dedicação da estatal, na perspectiva de injetar investimentos na ordem de R$ 2 bilhões nos seus mais de 20 projetos para buscar novas áreas, ampliar as já existentes e modernizar a sua infraestrutura, com o objetivo de alcançar uma produção de 4 milhões de barris em 2015 e de 6,4 milhões de barris no ano de 2020.