domingo, 25 de outubro de 2009

PETROBRAS AINDA PROCURA PRÉ-SAL NO LITORAL DA BAHIA

O primeiro poço perfurado pela Petrobras na Bacia do Jequitinhonha, no litoral Sul da Bahia, não teve os resultados esperados pela estatal no pós-sal e problemas mecânicos na sonda impossibilitaram que a exploração continuasse até o pré-sal. A estatal investiu US$ 60 milhões na perfuração desse poço e, pretende ainda, investir outros US$ 60 milhões na perfuração de um segundo poço no pré-sal dessa bacia, em área terrestre. Apesar do insucesso inicial, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que a bacia do Jequitinhonha é promissora, porém, não tanto quanto a Bacia de Santos.


A prospecção do pré-sal na Bahia foi divulgada, primeiramente, pelo governador do Estado, Jaques Wagner (PT), no final do mês passado. Logo depois, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, confirmou que as perfurações estavam em curso. A companhia vai decidir agora se realizará uma segunda perfuração, desta vez com o objetivo específico de buscar as rochas abaixo da camada de sal. O diretor Guilherme Estrella disse ser favorável à perfuração de um segundo poço no local com o objetivo de atingir o pré-sal, mas admitiu que a operação depende da análise do cronograma das sondas de perfuração.

"Sou favorável a que se aprofunde a perfuração no pré-sal. Mas depende do tempo, porque programação de sondas é muito apertada", ponderou Estrella. Segundo ele, é necessário levar sondas também para Sergipe, onde há uma excelente perspectiva. O executivo confirmou durante entrevista para a imprensa, que dois poços "praticamente secos" foram perfurados em dois blocos na Bacia de Barreirinhas, no Maranhão. Uma das áreas pertence à Petrobras, enquanto a outra concessão está nas mãos da americana Devon. Ambos os poços foram perfurados pelas empresas.

Apesar do resultado negativo, Estrella afirmou que a Petrobras buscará novas perfurações na chamada Margem Equatorial, que vai do Ceará ao Amapá. "Estamos reinterpretando toda a Margem Equatorial do ponto de vista exploratório e a nossa intenção é levar sonda no ano que vem para perfurar novas locações", disse Estrella, que não descartou a devolução, para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de pelo menos parte dos blocos onde foram perfurados os poços secos. Procurados pela equipe do Nicomex Notícias, nenhum representante do governo baiano, foi encontrado para comentar sobre os prejuízos que o poço seco pode levar para a região.

Pré-sal para todos

Em entrevista recente, o governador da Bahia, Jaques Wagner, disse que os Estados produtores de petróleo não devem ter nenhuma prioridade na distribuição dos royalties. "O meu ponto de partida é sem privilégio, porque não reconheço dano ambiental nem dano social futuro. Por que um Estado que está a 70 ou 300 quilômetros do poço que está produzindo tem que receber mais?", disse a jornalistas. Segundo o governador, os Estados e municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano deveriam receber um maior volume de recursos.

Por Bruno Hennington

http://www.nicomexnoticias.com.br/exibe_conteudo.asp?cod_conteudo=7585&codigo_menu=1

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