
Mesmo restrita à área de informática, a decisão é uma vitória dos tecnólogos e cria precedente para que outros órgãos e empresas públicas sigam o mesmo caminho. Em editais anteriores, a empresa já chegou a excluir os profissionais dos aptos a cargos de nível superior.
Sobre a possibilidade de estender a medida a outros cargos e editais, a empresa informa que “o plano de cargos e salários é alterado de acordo com as necessidades da companhia”. O edital atual tem vagas para analistas em processos de negócios (11), engenharia de software (10) e infraestrutura (7).
Se seguir o exemplo do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) a empresa pode ter mais oportunidades para tecnólogos em breve. O Serpro não faz distinção quando o cargo de analista exige apenas diploma de nível superior.
O Serpro tem atualmente tecnólogos em 16 cargos, que contemplam especializações diversas, como gestão de pessoas, redes, programação visual, serviço social, suporte técnico, psicologia organizacional, auditoria e logística.
Segundo o advogado Roberto Solla, tecnólogo em mecânica e presidente do sindicato da categoria na Bahia, é justamente a Petrobras o principal alvo de ações judiciais contra a exclusão dos tecnólogos em editais. Solla é
autor de oito ações contra a petrolífera, com o objetivo de estancar o que chama de discriminação profissional.
“O governo vem incentivando a graduação tecnológica, e não pode permitir uma discriminação dos profissionais”, defende. Para o advogado, o edital da Petrobras favorece a igualdade entre tecnólogos e outros graduados.
Sobre as ações judiciais, a Petrobras limita-se a informar que o Plano de Classificação e Avaliação de Cargos (PCAC) é a base para restringir cargos a determinados profissionais.
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