Desde o primeiro semestre de 2010, a Caixa Econômica Federal tem divulgado o interesse em investir no segmento de óleo e gás do Brasil. Com o objetivo de se tornar um dos três maiores bancos inseridos neste setor, na última semana, o superintendente regional da Caixa no Rio, Edalmo Porto Rangel, fez mais um importante anúncio para este mercado no qual afirma que o banco vai investir cerca de R$ 70 bilhões, entre 2011 e 2014.
A maior parte do dinheiro será usado para financiar empresas fornecedoras da cadeia produtiva, além de permitir a construção de infraestrutura habitacional para os trabalhadores de estaleiros e indústrias petrolíferas. Rangel disse ainda que, a fim de aumentar a proximidade com o setor, 20 agências da Caixa serão inauguradas no próximo ano em municípios que abrigam instalações ligadas à exploração de petróleo e gás.
“O mercado petrolífero tem uma demanda grande hoje, consistente no médio e longo prazo, sinalizando um cenário de muitas oportunidades para os próximos anos”
Em entrevista ao Nicomex Notícias, Edalmo explica que o banco criou, desde fevereiro deste ano, a Superintendência de Petróleo e Gás, no Rio de Janeiro, com o objetivo de identificar oportunidades e acelerar a prospecção de negócios no setor. “O mercado petrolífero tem uma demanda grande hoje, consistente no médio e longo prazo, sinalizando um cenário de muitas oportunidades para os próximos anos” – afirmou.
O setor naval também faz parte dos planos futuros da Caixa, que neste segmento opera com recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM), para a construção e melhoria de embarcações que atuam na indústria de petróleo e gás. Segundo o executivo, o banco dispõe de soluções em financiamento imobiliário, em parceria com as empresas, para os trabalhadores do setor, principalmente nas regiões onde a dinâmica de investimentos será maior.
Com o contrato de financiamento para o FMM, o banco marcou a entrada da instituição federal nesse mercado, se equiparando a outros bancos estatais que já atuam na área, como o Banco do Brasil e o BNDES. O primeiro já conta com uma divisão de P&G desde 2007 e teve um saldo de empréstimos no primeiro trimestre de cerca de R$ 2 bilhões. Já o segundo possui uma superintendência Petrobras/BNDES para auxiliar desde pequenos fornecedores até estaleiros.
Fonte: Nicomex