A demanda constante por profissionais capacitados para atuar no mercado de petróleo e gás só faz crescer e as perspectivas para o setor são otimistas, principalmente diante da realidade do pré-sal. A descoberta de novas reservas de óleo em condições de exploração cada vez mais complexas exige cada vez mais mão de obra de forma imediata. Por isso, cursos que preparam profissionais com uma visão mais voltada para o mercado e em menos tempo ganham destaque.
É o caso do Tecnólogo em Petróleo e Gás. O curso tem, em média, de dois anos e meio a três de duração e oferece diploma de nível superior, sem o título de bacharel. Como trata-se de uma formação com maior ênfase no mercado, é comum observar as escolas priorizando diferentes aspectos da indústria petrolífera em suas grades curriculares. No Norte Fluminense, por exemplo, o foco é mais na extração, ao passo que na Baixada Fluminense, a atenção maior é dada ao setor petroquímico.
Na Universidade Estácio de Sá, o curso é voltado para pessoas que pretendem trabalhar em qualquer segmento da indústria do petróleo, desde a fase de exploração, perfuração, tratamento até a distribuição. A graduação também oferece disciplinas específicas nas áreas de gestão financeira e marketing, além de tratar da geologia em si, representada pelo estudo da exploração de reservatórios, áreas sísmicas e processamentos.
Segundo Helga Bodftein, coordenadora pedagógica nacional do Curso Superior Tecnológico em Petróleo e Gás da Estácio, o profissional com essa formação está preparado para exercer as atividades de gestor das diversas fases da cadeia produtiva do petróleo, gás natural e biocombustíveis, que englobam exploração, produção, transporte, refino, comercialização, distribuição e logística. “Venho observando que o mercado está cada vez mais abrindo as portas, porque os profissionais estão se mostrando mais capazes e as empresas buscando, cada vez mais, especialização nessa área”, explica Helga, sobre os tecnólogos, que recebem uma remuneração média mensal de R$ 2 mil a R$ 3 mil, que pode atingir, após dois ou três anos, a faixa de R$ 6 mil.
Graduação tecnológica x curso tradicional
Um dos principais fatores que aquecem a discussão do valor do curso tecnológico em petróleo e gás no mercado é a recusa da Petrobras em oferecer oportunidades para tecnólogos em seus concursos, da mesma forma que oferta vagas para os ensinos médio e superior. A estatal acredita que profissionais com título de bacharel possuem uma formação mais ampla. No entanto, a verdade é que há campo para todos os níveis, como explica a a coordenadora da Estácio, Helga Bodftein, em entrevista ao Nicomex Notícias. “O tecnólogo tem conhecimento para atuar no ramo, sem ser responsável por um projeto e por uma área, auxiliando na execução das tarefas.”
Fonte:NIcomex notícias.com (Por Matheus Franco) - matheus.f@nicomexnoticias.com.br